Este é um dos muitos pronunciamentos dos Rapazes Estudantes da Escola Comunitária Graça Machel que participaram na manhã de hoje (29 de Junho de 2023) em um encontro de reflexão e aprendizagem sobre Género e Masculinidades Positivas.


A capacitação nesta matéria tinha como objectivos:

• Dotar os participantes de conhecimento sobre Género, Direitos Humanos e Masculinidades;
• Entender a masculinidade positiva, como meio de libertação de homens de práticas machistas e ultrapassadas;
• Discorrer sobre a construção de uma sociedade que pratica e respeite os direitos das raparigas e mulheres.

Para este encontro de meio dia participaram cerca de 50 Rapazes Estudantes que se mostraram ávidos para aprender sobre as Masculinidades Positivas como um instrumento de igualdade e promoção dos direitos humanos.

“Dizem que não posso chorar, porque homem não chora. Eu cresci a ouvir esta frase e eu choro, mas choro sem que alguém me veja” – disse Leonardo Mausse. O mesmo disse aos colegas que nenhum rapaz deveria ter vergonha de chorar, porque chorar assim com rir, fazia parte da vida.

Durante o debate foi possível perceber a importância do estímulo das masculinidades positivas, promove o abandono das práticas machistas e traz uma reflexão e luta por uma sociedade igualitária, onde se defende, difunde e se respeitam os direitos das raparigas e mulheres em todas as esferas.

Encontro com os Provedores de Serviços


Na parte da tarde cerca de 50 provedores de serviços, nomeadamente, Conselhos e Direcção de Escolas, Professores, Representantes da Procuradoria Distrital de Matutuine, Representantes dos Serviços Distritais da Educação, Chefe de Localidade da Ponta do Ouro, Lideranças Comunitárias, Representantes Distritais da Saúde e Acção Social, entre outros, também estiveram a ser dotados de conhecimentos sobre estas matérias.

Foi notório o entendimento dos provedores de serviços sobre a questão das masculinidades positivas, pois os mesmos entendem que a masculinidade positiva também poderia actuar como um instrumento de apoio e consciencialização dos próprios homens sobre a igualdade de género e a não violência, provendo e garantindo condições de vida mais dignas para as mulheres.

Para o Chefe da Localidade da Ponta do Ouro, Albino Chilaule, esta capacitação foi a resposta que os homens esperavam há bastante tempo, pois o ROSC somente trabalhava com as raparigas e mulheres e, a classe estava a ficar por fora.

A actividade decorreu no âmbito do Projecto “Nossas Vozes, Nossos Corpos” que conta com o apoio do Programa Aliadas.