
Durante a visita, a equipa do ROSC constatou com profunda preocupação que algumas crianças continuam a enfrentar sérios problemas de saúde, resultantes de ferimentos provocados por projéteis de armas de fogo. Em vários casos, os projéteis continuam alojados nos corpos das vítimas, enquanto as famílias permanecem sem orientação, recursos financeiros ou acesso a cuidados médicos adequados para garantir o devido tratamento.
Para além dos danos físicos, foi observada uma elevada carga emocional e psicológica tanto nas crianças quanto nas suas famílias, traduzida em traumas, ansiedade e medo persistente. A ausência de apoio médico e psicológico consitente tem contribuído para o agravamento deste cenário, exigindo uma intervenção imediata.
Diante dessa realidade, o ROSC pretende, nos próximos dias, iniciar a prestação de assistência, médica e psicológica especializada às crianças afectadas, bem como aos seus familiares, como forma de promover a cura emocional e o restabelecimento da segurança e confiança no seio familiar.
Paralelamente, o ROSC prevê disponibilizar uma cesta básica com produtos essenciais às famílias identificadas como mais vulneráveis, tendo em conta a constatação de que muitas delas enfrentam sérias dificuldades em garantir alimentação adequada às crianças. Esta medida visa reforçar a recuperação nutricional das vítimas e aliviar o peso económico que recai sobre os seus cuidadores.
O ROSC reforça o seu apelo às autoridades competentes, parceiros de cooperação e sociedade civil para que se junte a este esforço, contribuindo para a reposição da dignidade das crianças afectadas, garantindo que nenhuma criança seja deixada para trás.