BenildeBenildeA Directora Executiva do Fórum da Sociedade Civil (ROSC), Benilde Nhalevilo, participou do PODCAST “Homem que é Homem” produzido pela Associação para o Desenvolvimento de Capacidades de Género (ADC-Género) onde foi abordado o tema das Uniões Prematuras.
 
O programa foi moderado por Gilberto Macuacua Harilal e contou, também, com a participação de Eugénio Brás, CEO e Cofundador do ADC-Género. Durante cerca de meia hora a conversa girou em torno da situação alarmante das Uniões Prematuras no país com destaque importante para as estáticas que indicam que ao nível do mundo, o país ocupa a decima posição, ao nível de Africa a sexta posição e, ao nível da África Austral, a segunda posição, somente atrás de Malawi.
 
Apesar do país não possuir dados estatísticos mais actualizados sobre os índices de Uniões Prematuras, Benilde Nhalevilo defende que, possivelmente, a situação pode ter-se deteriorado devido aos conflitos armados e desastres naturas. “Estes factores influenciam para a deterioração da situação porque coloca as famílias numa situação de vulnerabilidade, apesar da necessidade de estudos para maior compreensão da situação.” - Defendeu, ainda, Nhalevilo.
Assista na integra o PODCAST pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=oTTboeQYWfo

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Durante a mesa-redonda foi analisada a carga horaria de trabalho efectuada por homens e mulheres na esfera pública e privada.

Foi constatado através de uma dinâmica de reflexão que as mulheres são sobrecarregadas porque na esfera pública, muitas vezes, estas fazem o mesmo trabalho que os homens, mas quando chegam a casa o homem tende a descansar e a mulher se ocupa pelas tarefas domésticas o que constitui dupla jornada. Esta situação, segundo os participantes, pode contribuir para o fraco exercício dos direitos humanos das mulheres que, a luz da lei, tem os mesmos direitos que os homens. Foi ainda constatado através desta reflexão que a sobrecarga da mulher na esfera pública e privada pode contribuir na perpetuação das desigualdades de género e na violência baseada no género contra mulheres porque no caso de a mulher estar cansada e não conseguir cumprir com uma das suas tarefas, esta pode ser violentada porque segundo as normas sociais de género faz parte das suas atribuições.

Foi destacado, ainda, durante a mesa-redonda a reflexão sobre as causas das Uniões Prematuras e das Gravidezes Precoces, tendo sido considerado que homens adultos se unem com raparigas, menores de idade, devido as normas de género e o desconhecimento das consequências que esta prática têm sobre mulheres e raparigas. Como forma de acabar com as Uniões Prematuras e Gravidezes Precoces foi avançada a necessidade de uma educação abrangente sobre Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos para homens adultos e rapazes para desconstrução das masculinidades tóxicas que contribuem para o desrespeito do papel social das mulheres e das raparigas.


Para os participantes da mesa-redonda é preciso colocar os homens a reflectir sobre os seus papeis e responsabilidades na luta contra a violência e na criação de um ambiente de paz onde homens e mulheres gozam dos seus direitos livres da pressão e da coerção. É preciso juntar homens novos e de idades avançadas para trocar experiências de modo a compreender as consequências da prática da violência contra as mulheres e raparigas.

 

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No seu esforço de combate a Violência Baseada no Género contra Mulheres e Raparigas, o ROSC efetuou no dia 03 de Abril, uma visita ao Gabinete de Atendimento à Família e Menores Vítimas de Violência, localizado na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado com vista fortalecer a parceria entre os atores da sociedade civil e do sistema judiciário para garantir a proteção efectiva  dos direitos das crianças.

O Gabinete de Atendimento à Família e Menores Vítimas de Violência desempenha um papel crucial na promoção do bem-estar e na proteção das crianças que são vítimas de violência e abuso sexual. A visita do ROSC demonstra o compromisso das organizações da sociedade civil em colaborar com as autoridades locais para enfrentar os desafios relacionados aos direitos das crianças, especialmente em áreas afetadas por conflitos e instabilidade, como é o caso de Cabo Delgado.

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